
27 de agosto de 2020
As cartas
Categoria | Poesia
As cartas não contam nada
como alguns acreditam. As cartas, como Rubem Alves disse, são para que mãos separadas se toquem na mesma folha. Que separam? Não sei. Mas transbordam palavras, perseguem histórias e apenas sossegam quando reveladas. Que revelam? Não sei. Algumas, só lidas pelo fogo, não chegam a outras mãos e ardem mudas, consumidas. Que calam? Não sei. E voltam a guardar segredos E se anunciam com outros nomes, outras tintas e a mesma morte. Assim como o silêncio? Talvez. (Não convém lembrá-los.)
Autor Gabriel Gómez
Fonte: Blog Escritos do Gabriel http://escritosdogabriel.blogspot.com.br/
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