Victório Ledra nasceu no dia 1° de julho de 1934, em Pouso Redondo, que na época integrava o município de Rio do Sul. É filho de Daniel Ledra e Carolina Ferrari, sendo neto do imigrante italiano Luigi Filippo Leder (Luiz Ledra) e de Maria Cecchet.
Realizou os estudos iniciais na Escola Mista Municipal desdobrada da Valada Taboão, no município de Rio do Sul, estudando depois no Seminário São Francisco Xavier de Rio do Oeste e no Seminário São José, em Erechim, no Rio Grande do Sul.
Graduou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre e posteriormente cursou a Licenciatura Plena em Letras. No Rio Grande do Sul, desempenhou diversas atividades relacionadas à área da educação.
Trabalhou como assistente de direção, professor de português, literatura brasileira, latim e francês, em escolas públicas e nos cursos preparatórios de vestibular. Em universidades, lecionou Direito Internacional Privado e Direito Social.
Na área do Direito, além de atuar como advogado, desempenhou as funções de Juiz do Trabalho Substituto, nas Varas do Trabalho de Cachoeira do Sul, Santa Maria e Santa Cruz do Sul e eventualmente nas unidades judiciárias de Pelotas e Uruguaiana.
Foi o primeiro Juiz Presidente da então Junta de Conciliação e Julgamento de Brusque, hoje Vara do Trabalho de Brusque. Enquanto Juiz do Trabalho titular, atuou ainda em Curitiba e Guarapuava, no estado do Paraná.
Victório desempenhou por mais de dez anos, atividades como Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina. Inclusive, foi vice-presidente e ocupou a presidência do TRTSC. Naquela
época não existia ainda o cargo de corregedor e realizava paralelamente as atividades da presidência do Tribunal e da Corregedoria.
Em termos de atuação literária, publicou os livros: “Família Ledra no Brasil”, “O Clã dos Ferrari”, “A Família Loro no Brasil”, “Memórias de um Menino Pobre” e “Cancioneiro do Imigrante Italiano” Victório realizará o lançamento de dois livros inéditos, durante a Feira do Livro 2018 de Rio do Sul.
Victório sempre esteve envolvido com atividades culturais e participou ativamente da Fundação do Coral do Imigrante Italiano de Brusque, Além de ter presidido a assembleia de fundação, foi regente por aproximadamente 25 anos deste coral.
No ano de 1975, elaborou e apresentou para o governador da época, Antônio Carlos Konder Reis, a primeira proposta de aproveitamento turístico das grutas de estalactites e estalagmites do Ribeirão do Ouro, em Botuverá, com mapeamento da área, exposição de motivos e ampla ilustração fotográfica.
Auxiliou nas fundações do Colégio de Presidentes e Corregedores da Justiça do Trabalho do Brasil; da Associação dos Amigos de Bérgamo, em Botuverá; e de associações dos Magistrados do Trabalho, nos estados do Paraná e Santa Catarina.
Enquanto juiz, elaborou o projeto da Lei Orgânica da Magistratura Brasileira. Em termos de homenagens recebidas, é Cidadão Honorário de Brusque, Cidadão Honorário de Pôsina, na Itália. Recebeu também homenagens de mérito de tribunais regionais do trabalho.