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“Bogo, de Belluno ao Brasil”

17 de outubro de 2018

| Moacir Luiz Bogo

O interesse na publicação de livros sobre histórias de famílias, está aumentando cada vez mais na sociedade. Percebemos que estão ocorrendo pesquisas neste sentido, com uma frequência maior, em relação a épocas anteriores. Umas das principais pesquisas da região do Alto Vale do Itajaí neste segmento literário, tem a autoria de Moacir Luiz Bogo.

O escritor rioestense desenvolveu amplo trabalho de busca de informações, que resultou na publicação do livro “Bogo, de Belluno ao Brasil”. A obra  relata a história dos antepassados desta família italiana no Brasil, a partir do ano de 1893.

Na ocasião do lançamento do livro, aconteceu paralelamente o 1º Encontro da Família Bogo, com a presença de mais de 800 pessoas. Além do contato com o livro, os participantes conheceram a árvore genealógica e o brasão da família Bogo.

Para se ter uma noção do êxito alcançado, no momento em que houve a apresentação desta pesquisa histórica, citamos que compareceram representantes da família, provenientes de 57 cidades brasileiras, dos seguintes estados: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais.

Visando resgatar a história da sua família no Brasil e valorizar as tradições italianas, o empresário procedeu um longo trabalho de pesquisa, iniciado no ano de 1982. Após dedicar 16 anos para este projeto cultural e literário, concluiu a elaboração do livro com 348 páginas.

Com o intuito de viabilizar esta iniciativa, Moacir esteve em dezenas de cidades do Brasil, em diversos estados brasileiros, precisando enfrentar milhares de quilômetros nas estradas. Inclusive, esteve na Itália para descobrir que Andrea Bogo, nascido em 1800, na região de Belluno, foi o patriarca que originou a descendência dos Bogo no Brasil.

Em 1832, nasceu Ângelo, filho do velho Andrea, que migrou para o Brasil, em 1893, aos 61 anos, trazendo consigo 11 filhos. Estabeleceu-se em Jundiaí, no interior de São Paulo para trabalhar nos cafezais da região. Dois anos depois, Ângelo mudou-se para Rio dos Cedros, em Santa Catarina. Somente duas filhas, Angélica, casada com José Meneghini e Bárbara, casada com Giuseppe Theoto, permaneceram no interior paulista.

Em Rio dos Cedros, a permanência dos Bogo foi rápida, porque Ângelo resolveu se estabelecer na comunidade de Abissínia, em Rodeio, onde permaneceu até a morte, em 1912, quando tinha 80 anos. Em 1913, o filho Giuseppe foi morar na comunidade de Ribeirão Café, em Rio do Oeste, no Alto Vale do Itajaí. Todos os irmãos, com exceção de Alessandro, seguiram o mesmo rumo logo em seguida.

O resgate da história da família resultou no levantamento de 832 pessoas, com o sobrenome Bogo, sendo que 591 nomes de 55 famílias têm parentesco com os Bogo e 955 nomes de cônjuges. Ao todo o livro cita 2.378 pessoas, que formam a árvore genealógica dos Bogo no Brasil.

Sobre o autor 

Natural da linha Ribeirão Café do município de Rio do Oeste, Moacir Luiz Bogo reside há mais de três décadas, na cidade de Joinville. Filho de Graciano Bogo e de Clara Nasatto Bogo, nasceu no ano de 1947. Casado com Anair Soares Bogo, é pai de Nicole Maria (casada com Marcelo Teixeira) e de Stefan Rodrigo.

Na Manchester catarinense, tornou-se um empresário de sucesso na Gidion, no ramo do transporte coletivo. Presidiu a Associação Empresarial de Joinville e exerceu a vice-presidência da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc). Também esteve envolvido com entidades dedicadas à cultura italiana e aos interesses comunitários.

Publicado por Jonas Felácio Júnior na Coluna Literatura Regional, no Jornal Alto Vale Notícias – 31/07/2014



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